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Projeto para o futuro do transporte e mobilidade do DF já reúne mais de 880 propostas
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Com base em pesquisas e nas contribuições da população durante as oficinas realizadas nas 35 regiões administrativas do DF, o projeto de elaboração do Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU) e do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável (PMUS) já conta com 884 propostas sistematizadas pela equipe técnica. A Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF) vai receber manifestações por escrito até o próximo dia 30 de setembro, abrindo espaço para aqueles que não puderam participar das oficinas presenciais.
A participação da comunidade é vista como fundamental para o sucesso e a adequação dos planos. Como reforçado pelo secretário de Transporte e Mobilidade do DF, Zeno Gonçalves, o projeto será consolidado após a análise de todas as contribuições recebidas.
“A modelagem do sistema de transporte será com base nos dados que estão em análise pela equipe técnica, incluindo as manifestações que chegarem até o fim deste mês. Todos os dados e informações disponíveis serão analisados para consolidar as propostas que vão compor o projeto final que será debatido nas audiências públicas”, afirmou Zeno.
Após o encerramento do prazo para as contribuições escritas, a equipe técnica da Semob-DF iniciará um processo detalhado de consolidação, que incluirá a análise de todas as sugestões e a sistematização das ideias levantadas nas oficinas presenciais. O projeto será submetido a novas etapas de participação popular, com audiências duas públicas previstas antes de do texto seguir para aprovação da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF).
Propostas iniciais
Com base em um diagnóstico robusto do sistema de mobilidade, nas contribuições já recebidas da população e em reuniões técnicas com órgãos competentes, a Semob-DF está construindo as propostas para o PDTU. Essas ideias iniciais foram apresentadas nas oficinas participativas, de 18 de agosto a 4 de setembro, e agora estão disponíveis online, permitindo que a população as conheça e continue a aprimorar.
Entre as propostas em desenvolvimento, a equipe técnica priorizou iniciativas que buscam melhorar a integração e a segurança para todos os modais de transporte. Destacam-se os Pontos de Integração, marcados em roxo no mapa interativo, que são pontos de ônibus com módulos adaptáveis para facilitar a conexão entre linhas e com outros transportes como metrô e bicicletas. Além disso, a Rede Cicloviária visa expandir e aprimorar a infraestrutura para bicicletas, com ciclovias (vermelho), ciclofaixas (laranja) e ciclorrotas (amarelo), projetadas com critérios técnicos para segurança e acessibilidade.
Outras ações importantes incluem as Ruas Completas, sinalizadas em azul, que propõem requalificações das vias para garantir infraestrutura adequada a todos os usuários, priorizando modos ativos e coletivos, especialmente em áreas de grande concentração de pessoas e comércios. As Zonas 30, em verde, são áreas onde a velocidade máxima será limitada a 30 km/h para priorizar a segurança de pedestres e ciclistas, especialmente em locais sensíveis como escolas e hospitais. Serão implementados mecanismos diversos para garantir essa redução de velocidade, como extensões de calçadas e mobiliário urbano de controle.
Nesta primeira etapa de desenvolvimento, já foram apresentados 49 pontos de integração, 555 trechos de ciclovias, 131 trechos de ciclofaixas, 23 trechos de ciclorrotas, 41 trechos de ruas completas e 85 trechos de zonas 30. A equipe técnica continua a ajustar e complementar esses traçados iniciais com base nas contribuições da população. É possível visualizar as propostas no mapa interativo e deixar sua opinião no formulário online para ajudar a construir uma mobilidade mais segura, acessível e sustentável para todo o DF.