Desde janeiro de 2006, o preço das passagens de ônibus era o mesmo no DF. Na época, quem pagava duas passagens/dia de R$3, no fim do mês comprometia 41,14% do salário mínimo, com o reajuste anunciado esta semana, a mesma quantidade de passagem de R$4 vai representar, no fim do mês, 24,37%.
Em nove anos, os custos, com combustível e salário de motoristas e cobradores, aumentaram significativamente no período e foram absorvidos pelos cofres públicos, já que o governo subsidia o transporte no DF. Isso significa dizer que, quando o passageiro passa pela catraca do ônibus, o que ele paga não representa o valor real do bilhete. A passagem custa mais caro, o que é chamado de tarifa técnica, porém, apenas parte dela — a tarifa do consumidor — é repassada aos cidadãos. A diferença é subsidiada com recursos públicos.
O governo ainda arca com as gratuidades para pessoas com deficiências e o passe livre estudantil que representam 25% dos passageiros do DF. “Nós considerávamos que seria possível segurar o subsídio até janeiro de 2016, mas a crise agravou e este é o momento para realinhar as passagens. O sistema de transporte público vem melhorando gradativamente e nós acreditamos que com essas medidas anunciadas para equilibrar a economia do DF, vamos fazer o sistema funcionar como deveria”, reassaltou o secretário Carlos Tomé.
Reajustes da tarifa de ônibus
Antes de 2006 | Janeiro de 2006 | Setembro de 2015* |
R$ 1,20 | R$ 1,50 | R$ 2,25 |
R$ 1,60 | R$ 2,00 | R$ 3,00 |
— | — | R$ 3,00** |
R$ 2,50 | R$ 3,00 | R$ 4,00 |
*A partir de domingo (20)
**Essa tarifa foi criada apenas em 2007 e, desde então, custava R$ 2,50
Tarifa do metrô
2005 | Janeiro de 2006 | Fevereiro de 2009 | Setembro de 2015* |
R$ 1,50 | R$ 2,00 | R$ 3,00 | R$ 4,00 |