Propostas sobre a implantação da tarifa zero no Distrito Federal foram apresentadas na reunião realizada, na quarta-feira (10), entre representantes do Movimento do Passe Livre (MPL) com o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES-DF).
O técnico do Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) Ednardo Ferreira explicou que o GDF já subsidia cerca de R$ 107 milhões no transporte público para serviços gratuitos. “No DF, já temos várias opções de serviços gratuitos como o Passe Livre Estudantil (PLE), os Portadores de Necessidade Especial (PNE), idosos e outros”, exemplificou Ferreira. “A demanda é só o começo das discussões com o GDF e o MPL”, complementou.
“Essa conversa é importante porque nós vamos botar na agenda governamental um tema tão fundamental para a nossa cidade. A tarifa não só deveria ser um direito de todo cidadão, é uma questão quase humanitária”, declarou Rodrigo Félix, representante do MPL.
Entre as sugestões apresentadas pelo movimento está a troca na fórmula de cálculo da tarifa, que hoje é feita sobre o número de passageiros transportados e poderia passar a ser calculada pelo número de veículos nas regiões.
Outra proposta apresentada foi a estatização total do sistema, de modo que o Estado arque com todas as despesas da população com transporte coletivo.
O objetivo é que o conselho construa, a partir do diálogo com a sociedade, uma análise sobre o tema que oriente a posição que o Governo do Distrito Federal adotará sobre a proposta.
Prioridades – Para o secretário de Transportes e coordenador do grupo de trabalho do conselho, José Walter Vasquez, esse debate precisa ser feito por toda a população, que também deverá decidir de que forma viabilizar a tarifa zero, seja com novos impostos ou na redefinição das atuais prioridades.
O secretário de Transportes, José Walter Vasquez Filho, disse que com a mudança no transporte, como a renovação da frota, será possível uma futura decisão de que forma viabilizar a tarifa zero, seja com novos impostos ou na redefinição das atuais prioridades.
A reunião é parte de uma agenda de debates organizada entre o GDF e o MPL, que envolverá, ainda, a realização de um seminário aberto ao público em agosto.
*Com informações da Agência Brasília