Novas sessões presenciais serão realizadas a partir de 7 de abril em 12 cidades, completando a atual fase do projeto
A Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob-DF) encerrou nesta quinta-feira (27) a segunda rodada de realização das oficinas de diagnóstico do Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU) e elaboração do Plano de Mobilidade Urbana Sustentável do Distrito Federal (PMUS). Foram realizadas 11 sessões presenciais, totalizando 23 regiões administrativas que já participaram dos debates sobre as melhorias necessárias ao transporte e à mobilidade do DF.
As oficinas desta semana foram realizadas em Sobradinho II, Arapoanga, Fercal, Varjão, Itapoã, Lago Norte, Água Quente, Recanto das Emas, Sudoeste/Octogonal, S.I.A. e Cruzeiro. As próximas sessões serão as últimas da fase atual de debates sobre o PDTU e o PMUS, a partir do dia 7 de abril nas cidades de Águas Claras, Vicente Pires, Sol Nascente e Pôr do Sol, Candangolândia, Guará, Núcleo Bandeirante, Park Way, Jardim Botânico, Lago Sul, Santa Maria, Riacho Fundo II e Arniqueira.
O secretário titular da Semob, Zeno Gonçalves, disse que a população deve aproveitar as próximas oficinas de diagnóstico para se manifestar sobre a realidade do transporte público e a mobilidade urbana do DF.
“Não é necessário que as pessoas sejam moradoras dessas regiões para participar, as sessões são abertas a todos. Teremos a última semana de realização das oficinas, com eventos em 12 cidades, abrangendo assim todas as regiões administrativas do DF. Será mais uma oportunidade da população contribuir para a elaboração desse importante plano, onde estarão sendo definidas as obras e serviços de transporte e mobilidade do DF para os próximos anos”, afirmou.
Temas mais debatidos
Metade das cidades que receberam as oficinas do PDTU nesta semana são regiões muito novas, criadas há cerca de 20 anos. Duas delas, Arapoanga e Água Quente são recém-criadas, surgiram em 2022. Com isso, as manifestações dos moradores se referem a todo tipo de obras e serviços, como terminais rodoviários, pontos e linhas de ônibus, ciclovias. Em Arapoanga, o assunto mais debatido foi a localização do futuro terminal de ônibus, enquanto em Água Quente a maior reclamação foi a falta de opções de transporte público.
No Recanto das Emas, o tema principal foi a necessidade de linhas exclusivas e viagens mais rápidas. O secretário executivo do Instituto MDT, Wesley Ferro Nogueira, defendeu o aumento de corredores exclusivos para ônibus, aliado a medidas que possam motivar o uso do transporte coletivo e reduzir a quantidade de automóveis nas vias, como o projeto Zona Verde.
“Fortalecemos o sistema de transporte público (do DF) mas ele não consegue garantir viagens rápidas por falta de faixas exclusivas, os ônibus disputam espaço num sistema viário dedicado aos automóveis”, afirmou. Segundo ele, o DF possui um sistema viário generoso para os carros e apenas 150 km de faixas para ônibus. Seriam necessários, pelo menos, seis eixos rodoviários com corredores exclusivos para o transporte coletivo.
“Alguns eixos estratégicos já foram definidos no PDTU de 2011, se isso fosse implementado já seria um grande avanço. Além do Eixo Monumental, temos a EPTG, o BRT Sul, a EPNB, mas não chega até o Recanto das Emas e o Riacho Fundo. Nós precisamos repensar a Estrutural, que tem seis faixas só para carros, sendo uma via estratégica para reduzir o tempo de viagem do transporte público. Temos a BR-020, que tem um projeto de BRT que agora está em andamento e precisa ter um corredor exclusivo. E a subida da Ponte JK até Jardim Botânico, que seria o eixo leste, também nunca foi implementado”, afirmou.
Diagnóstico de todas as regiões
As oficinas do PDTU e PMUS são consultivas e servem para a elaboração do diagnóstico sobre o transporte público coletivo e a mobilidade urbana em todas as regiões do DF. Com base nas pesquisas já realizadas e nas manifestações da população, os técnicos que elaboram os dois planos irão preparar os documentos para novos debates com a população. No próximo mês de maio, será realizada a audiência pública para o debate com a sociedade. A expectativa é que a elaboração do projeto de lei do PDTU e PMUS aconteça até o próximo mês de dezembro.
Confira a programação das próximas oficinas
