Com investimentos de R$ 122,8 milhões, programa Vai de Bike foi lançado nesta sexta (20) no Pistão Sul
Construir cerca de 325 km de ciclovias, revitalizar 400 km da malha existente e fazer a interligação de trechos cicloviários do Distrito Federal são as principais metas do Programa Vai de Bike, desenvolvido em parceria de diversos órgãos do GDF, sob a supervisão da Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) e coordenação de obras da Secretaria de Obras (SO). O objetivo é melhorar a estrutura da ciclomobilidade do Distrito Federal e reduzir os acidentes fatais envolvendo ciclistas.
O Vai de Bike foi lançado nesta sexta-feira (20) pelo governador Ibaneis Rocha, juntamente com a entrega da restauração do Pistão Sul, em Taguatinga. A obra rodoviária inclui uma nova ciclovia com 9 km de extensão, no canteiro central da via. Mais de 60 mil pessoas serão beneficiadas. O governador destacou a importância da integração das ciclovias.
“A gente consegue agora fechar um projeto que vai colocar Brasília como a cidade com maior número de ciclovias do Brasil, todas elas integradas, possibilitando que esse modal de transporte, que vai se tornar o modal do futuro, possa ser acessado com segurança por aqueles que gostam da bike e usam não só para o esporte, mas que querem usar também para o transporte”, disse Ibaneis Rocha.
Exemplo de obra de interligação prevista no programa é trecho cicloviário de 550 metros que vai conectar os dois segmentos da ciclovia da W4/W5, na Asa Norte, eliminando uma interrupção na altura do CEUB. As obras já começaram. O projeto consiste na readequação dos estacionamentos e calçadas, para dar espaço ao trânsito de ciclistas e aos pedestres, com acessibilidade e segurança.
“Além de ampliar a malha cicloviária do DF, é importante integrar as ciclovias e criar uma rede estruturada e contínua de ciclovias. Com isso, o GDF aumenta a segurança dos ciclistas e incentiva o uso da bicicleta como meio de transporte sustentável”, disse o secretário.
Segundo Zeno Gonçalves, é importante também a integração das ciclovias com o transporte público coletivo. “Isso facilita o deslocamento diário dos cidadãos e reduz a dependência de veículos motorizados, contribuindo para a diminuição da poluição e dos congestionamentos”, afirmou.
Para o Secretário de Obras, Valter Casimiro, o programa é essencial para mudar a malha cicloviária do DF. “Hoje contamos com a segunda maior malha cicloviária do país. No entanto, muitas das nossas ciclovias não conversam entre si, razão pela qual o programa Vai de Bike é tão emblemático. Por meio dele, vamos interligar as ciclovias, trazendo conforto e segurança aos ciclistas e, ao mesmo tempo, incentivando que muitos deixem os carros na garagem, adotando hábitos de vida mais saudáveis”, explicou Casimiro.
Bikes elétricas
O sistema de bicicletas compartilhadas também será ampliado. A expansão do sistema prevê a implantação de 10 novas estações, distribuídas no Plano Piloto, Sudoeste, Octogonal e Cruzeiro. Entre os novos equipamentos, serão acrescidas 300 e-bikes (bikes elétricas), além da ampliação de 35 estações existentes.
Atualmente, o Distrito Federal conta com 687,12 km de ciclovias, dos quais 26% foram construídos nos últimos cinco anos. Com a execução do programa, o DF passará a contar com mais de 1.012 km de ciclovias. De acordo com o secretário titular da Semob, Zeno Gonçalves, além dos novos trechos, o Vai de Bike prevê ainda a instalação de mil conjuntos de paraciclos em diversas regiões, ampliando e melhorando a estrutura cicloviária do DF.
Fases do Vai de Bike
O programa Vai de Bike terá ações integradas de diversos órgãos do GDF. A Semob será encarregada do planejamento e do mapeamento das áreas com maior necessidade, enquanto a Secretaria de Obras, juntamente com o DER e a Novacap, ficará responsável pela execução. Diversos projetos são da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh).
Esse arranjo visa promover a transparência e a publicidade na gestão da política cicloviária, além de aumentar a atratividade e a credibilidade do sistema para a captação de recursos. O programa também reforça o papel de destaque do DF no cenário nacional, posicionando-o como referência em cidade inteligente, segura, inclusiva e sustentável.
O Vai de Bike está estruturado em três fases de planejamento. A primeira fase engloba as obras que estão sendo executadas pela SODF, DER e projetos de conexão cicloviária elaborados pela Seduh.
As obras da SODF e do DER somam 55,1 km de ciclovias, com os trechos do Pistão Sul (8,8 km), da Hélio Prates (6 km), da ESPM (3,6 km) e da EPIG (3,6), ligação Guará/Bandeirante (1,8 km), DF-140 (14 km), DF-220 no Lago Oeste (15,5 km) e ligação Esaf/Ponte JK (1,8 km).
Os projetos da Seduh e Secretaria de Obras são trechos de conexão de ciclovias, que somam 7, 3 km, e os investimentos são de R$2,9 milhões. Os trechos projetados ficam próximo ao CEUB (0,5 km), na ligação Taguatinga/Samambaia (1,3 km), ligação W3 Sul/Norte (2,2 km), ciclovia S3 – L1 Sul (1,3 km), ligação UnB – L2/L3 Norte (1,8 km) e na W5 próximo do Colégio Militar (0,2 km).
Os investimentos da segunda fase são de R$ 82,4 milhões, com 25 projetos da Semob e do DER que somam 153,2 km. Estão previstas obras para serem executadas a partir de 2025, em trechos da EPIA Sul e Norte, além das regiões administrativas de Samambaia, Taguatinga, Ceilândia, Plano Piloto, Sudoeste, Octogonal, Planaltina, Sobradinho, Guará, SIA, Varjão, Lago Sul, Lago Norte, Brazlândia e São Sebastião.
A terceira fase do programa Vai de Bike prevê projetos futuros, a partir de 2026, que somam 109,8 km de ciclovias com investimentos previstos de R$ 37,4 milhões. As obras estão previstas em vias urbanas e rodovias nas RAs de Samambaia, Taguatinga, Vicente Pires, Riacho Fundo II, Setor Militar Urbano, Lago Sul e SCIA, além de trechos da EPNB e EPIA.