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23/06/15 às 20h23 - Atualizado em 7/11/18 às 16h39

Governo e cooperativas buscam saída para evitar paralisação dos trabalhadores


Secretaria de Mobilidade pediu uma semana de prazo para estudar possibilidades de oferecer subsídio financeiro às passagens pagas pelos usuários

O governo de Brasília convidou a Associação das Cooperativas de Transporte do Distrito Federal para uma conversa, no Palácio do Buriti, com o objetivo de tentar evitar a paralisação de 72 horas dos trabalhadores de micro-ônibus — cujo início está previsto para quinta-feira (25). Durante a reunião, na manhã desta terça-feira (23), o secretário de Mobilidade, Carlos Tomé, pediu uma semana de prazo para estudar possibilidades de oferecer subsídio financeiro às passagens pagas pelos usuários, assim como ocorre com as empresas de ônibus — São José, Marechal, Urbi, Piracicabana e Pioneira. “É importante dizer que o contrato com as cooperativas não contempla o acréscimo da tarifa técnica”, explicou Tomé. Essa tarifa é a que o Executivo local paga às empresas para completar o valor das passagens.

Os representantes dos patrões reúnem-se com o Sindicato dos Rodoviários no fim desta tarde, quando a categoria decide se mantém o indicativo de greve para a quinta-feira. A diretoria do sindicato preferiu não se antecipar sobre o encontro. Diógenes Nery, um dos diretores, disse que a classe não foi comunicada oficialmente sobre a solicitação do governo para adiar a greve.

Reivindicações
O advogado das cooperativas, Wagner Pereira, informou que os trabalhadores pedem equiparação de salários e benefícios com os recebidos pelos funcionários das empresas de ônibus. Isso significaria reajuste salarial de 20%, aumento no tíquete-alimentação de outros 20% e redução da jornada de trabalho em 40 minutos, passando para seis horas diárias.

A Secretaria de Relações Institucionais e Sociais entende que negociações referentes a reajustes cabem a patrões e empregados. O governo de Brasília entra como mediador das discussões e, nesse caso, a Secretaria de Mobilidade participa para buscar um equilíbrio econômico e orçamentário capaz de ajudar na vida financeira das cooperativas. Tomé praticamente descartou a possibilidade de aumento no preço das passagens. “Não há que se falar em alta enquanto a qualidade do serviço não melhorar.”

Participaram também do encontro a secretária-adjunta de Mobilidade, Sônia Rodrigues Haddad, e o secretário-adjunto de Relações Institucionais e Sociais, Manoel Alexandre.


Por Ádamo Araujo, da Agência Brasília, 23 de junho de 2015 – 16:21.

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